Elas viraram a mesa e assumiram o jogo

Criadoras do Póde Mulheres, cooperadas da Cafesul agora apostam no artesanato com palha de café

Texto: Julio Huber / Fotos: Julio Huber

Publicado em 26/10/2023 às 19:45

“Amélia é que era a mulher de verdade”. Esse trecho da canção “Ai Que Saudades da Amélia”, escrita por Mário Lago e com melodia de Ataulfo Alves - em 1941 -, retratava uma mulher submissa ao marido e, segundo a letra, “não tinha a menor vaidade e achava bonito não ter o que comer”. Já se passaram mais de 60 anos desde quando a música foi lançada e virou sucesso, e a realidade daquela Amélia realmente está cada vez mais no passado.

Cuidar da casa, de três filhos, estudar, se qualificar, fazer atendimentos em consultório, gerenciar centenas de pessoas em diversos setores de uma cooperativa de saúde e ainda ter momentos de lazer com a família. Ufa! É muita coisa, mas essas tarefas são desempenhadas com maestria por uma mulher, assim como milhares em todo o Brasil.

Sensibilidade, determinação, foco, garra e coragem são algumas das palavras que podem definir uma mulher como a descrita acima, nesse caso, é a realidade da médica Grazielle Grillo, cooperada da Unimed Sul Capixaba e diretora de Recursos Próprios da cooperativa. Mas, essa também é a realidade de inúmeras outras mulheres que estão sendo protagonistas das suas próprias histórias numa era cada vez mais dinâmica e exigente.

A revista Negócio Rural foi em busca de mulheres que “viraram a mesa e assumiram o jogo”, como diz trecho da canção “Desconstruindo Amélia”, escrita pela cantora Pitty, e que segundo a autora, “conta a história de uma mulher moderna, sobrecarregada em multitarefas e que um dia resolve assumir o protagonismo da própria vida”.

E no cooperativismo não faltam boas histórias sobre mulheres que assumiram seu papel na sociedade. Não por acaso, segundo mostrou o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, elaborado pelo Sistema OCB, em 2022 a quantidade de mulheres empregadas nas cooperativas superou a de homens. As mulheres ocupam 51% dos cargos, enquanto os homens ficaram com 49%.

No Espírito Santo, esse percentual é ainda maior. O recém-lançado Anuário do Cooperativismo Capixaba 2023, produzido pelo Sistema OCB/ES e com dados referentes ao ano de 2022, mostra que as cooperativas empregavam 11.484 pessoas, sendo que 59,4% eram mulheres. Números bem diferentes dos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam a predominância de homens (57%) entre todos os empregados no Brasil.

A participação de mulheres nas cooperativas também cresceu. Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 48% no número cooperadas. Apenas no ano passado, as cooperativas passaram a contar com 25% a mais de mulheres. Nos cargos de gerência, elas ocupam 51,2% dos cargos.

Do Póde Mulheres ao artesanato com palha do café

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Cooperadas da Cafesul inovam mais uma vez e criam artesanato com palha de café

Não é novidade o destaque que ganhou o café produzido pelas cooperadas da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), que fica no município de Muqui. Póde Mulheres é o nome do núcleo feminino e também da marca do café canéfora feito pelas mãos delas.

Agora, as empreendedoras resolveram inovar mais uma vez e estão produzindo artesanato com a palha do café. A ideia surgiu após participarem de cursos promovidos pela Cafesul, em parceria com o Sistema OCB/ES e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A gerente administrativa da Cafesul, Natércia Bueno Vencioneck Rodrigues, explicou que o artesanato em palha de café contribui para gerar mais renda às mulheres e também contribui para o meio ambiente. “Ficava muita palha de café perdida na cooperativa, que agora está se transformando em lindos artesanatos. Queremos buscar lojas do segmento para vender essas peças de decoração”, revelou.

Artesanato gera mais renda e contribui com o meio ambiente
Rosenilda Siqueira Werneck, 60 anos

Rosenilda Siqueira Werneck, 60 anos

“Após o curso de culinária, passamos a fazer coffee breaks com nossos produtos. E agora, com o artesanato, vamos agregar ainda mais renda. Se não fosse a cooperativa, não estaríamos fazendo nada disso”

Eliane Rodrigues Livio de Almeida, 47 anos

Eliane Rodrigues Livio de Almeida, 47 anos

“Começamos a produzir cafés especiais em 2016, para participar de concursos de qualidade. Antes, a gente sempre ajudava o esposo, era como se estivéssemos atrás, mas hoje estamos lado a lado. O nosso trabalho de mulher é reconhecido. Tudo mudou com a criação do grupo Póde Mulheres”

Marciana Aparecida da Silva Medeiros Machado, 41 anos

Marciana Aparecida da Silva Medeiros Machado, 41 anos

“Entrei no grupo feminino há dois anos, por incentivo das demais participantes. Foi muito bom e ajudou na minha autoestima. Muitas técnicas que aprendi nos encontros, implantamos na propriedade. Agora, quero produzir cada vez mais artesanato”.

 

Ivone Machado Carrari, 58 anos

Ivone Machado Carrari, 58 anos

“Depois do aprendizado nos encontros do grupo feminino, passei a cultivar uma lavoura de café. Antes, eu ajudava meu marido, mas não entendia muito sobre o café. Depois de vários dias de campo e cursos, aprendi muito e elevou minha autoestima. Já fiquei em 8º lugar em um concurso nacional de qualidade com o café”.

Zeli Correia Gasparelo, 60 anos

Zeli Correia Gasparelo, 60 anos

“Participo do grupo feminino desde a fundação e sempre vou a muitos eventos, como recentemente o Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas. Agora, quando o trabalho na lavoura estiver mais tranquilo, vou intensificar a produção de artesanato para ter uma renda extra”.

 

Além disso, cursos de culinária também abriram portas para as cooperadas. “Elas passaram a produzir deliciosos itens, como pães, bolos, biscoitos, entre outros, que são usados em coffee breaks nos eventos da Cafesul e de outras entidades, da região, que compram os produtos. É um dinheiro extra importante para essas mulheres”, afirmou a gerente, que também coordena o grupo feminino.

Natércia e o presidente da Cooperativa, Carlos Renato Alvarenga Theodoro, reconhecem a importância da participação feminina no quadro de cooperados e também como colaboradoras. Eles detalham que, após a criação do Póde Mulheres, elas passaram a participar mais da Cafesul. Assista as entrevistas no vídeo abaixo.

Imagens: Julio Huber - Edição: Bruno Faustino

Na Cafesul, as mulheres estão cada vez mais evolvidas nas decisões. E cada vez mais jovens estão assumindo papéis de liderança, como é o caso de Ralcyara Rodrigues, 28 anos, que é conselheira fiscal da cooperativa. “Somos em três mulheres e três homens no Conselho. Eu sempre participei da cooperativa desde nova com minha irmã e meus pais, e o tratamento é o mesmo para homens e mulheres. Opinamos sobre tudo e nossas ideias são ouvidas”, destacou.

Outras duas mulheres jovens que participam intensamente das atividades da cooperativa são Daiana Pinto Souza Carrari, 28, que também é conselheira fiscal e Raryane Rodrigues. No vídeo abaixo, assista a entrevista com as duas jovens, em que elas contam a participação das mulheres na Cafesul e o orgulho de serem cooperadas.

Imagens: Diego Luiz - Edição: Bruno Faustino

Mais de 75% da Unimed Sul Capixaba é movida pela força feminina

O jeito feminino de bem atender é um dos diferenciais de destaque nas unidades da Unimed Sul

Nas cooperativas de Saúde no Espírito Santo, 74,7% dos colaboradores são de mulheres. E na Unimed Sul Capixaba - que tem sede em Cachoeiro de Itapemirim e atende a todo o Sul do Estado - esse percentual passa de 75%. É onde a médica Grazielle Grillo atua e tem cargo de gerência na cooperativa. Ela comemora os números e reforça a valorização das mulheres.

“O empoderamento feminino é um fator importante, mas principalmente a diminuição do preconceito e o aumento das oportunidades. Em cargos de diretoria e gerências, vemos muito essa diferença entre a quantidade de homens e mulheres, mas isso vem mudando, apesar de ainda existir uma discrepância grande”, destacou Grazielle.

Segundo ela, as mulheres estão conquistando seu espaço não por conta de cotas, mas pelas próprias conquistas e competências. “A mulher é capaz de disputar qualquer cargo com os homens, mas sabemos que há preconceitos e desigualdade salarial. Essa é a realidade, apesar de ter melhorado muito”, avalia.

APOIO – A médica Grazielle destacou o importante papel das cooperativas no reconhecimento da competência feminina e também na qualificação ofertada. “O cooperativismo tem na veia a igualdade, a equidade, e a presença feminina vem crescendo nas cooperativas, tanto como cooperadas quanto de trabalhadoras. A mulher já é uma empreendedora nata”, enfatiza.

E ela reforça que, apesar de a mulher ter que provar mais, estudar, se qualificar, ela nunca perde sua sensibilidade e empatia, que são diferenciais, tanto em cargos de gestão quanto no trabalho do dia a dia. “A mulher, muitas vezes, consegue refletir mais, ter uma empatia maior e esse olhar faz a diferença no lado da humanização. É mais fácil trabalhar com pessoas ‘humanas’ que com pessoas técnicas”, comenta.

Graziele-médica

Grazielle tem um cargo de diretora em uma cooperativa com mais de mil funcionários

Grazielle ainda acrescentou que, no seu ponto de vista, atualmente os setores de RHs (Recursos Humanos) procuram pessoas técnicas que tenham esse lado mais humano na veia. “É muito mais fácil você qualificar uma pessoa, do que trazer um técnico para o lado mais humano, de maior empatia”, afirma.

A médica conta que para ela, estar em um cargo de direção teve um incentivo da Unimed Sul, que promoveu diversos cursos de aperfeiçoamento. “A Unimed, junto com o Sistema OCB e outros parceiros, vem sempre investindo nos cooperados e buscando novos líderes. Já tivemos MBA (pós-graduação) em Gestão Hospitalar, Negócios em Saúde, Inovação... Daí vão surgindo os novos líderes”, destaca.

“Mulher tem sensibilidade que agrega no dia a dia do trabalho”

Sandrine

Gerente de Comunicação e Marketing da Unimed Sul Capixaba, Sandrine Ruschi e Luchi destaca a valorização feminina pelo cooperativismo. A equipe dela é formada por cinco mulheres. Ela conta que começou na cooperativa em plena pandemia da Covid-19, com vários desafios pela frente, como mudança de cidade e a inauguração de um novo hospital em Cachoeiro de Itapemirim.

“O mundo atual e as empresas estão vendo o quão importante é a participação das mulheres na gestão e nas decisões. No cooperativismo não é diferente, pois o princípio de cooperar vem sendo fortalecido com a presença das mulheres que estão somando com grandes ideias e condução dos projetos”, afirma.

Ela destaca que a mulher tem sensibilidade que agrega no dia a dia do trabalho. “Esse lado mais humano do olhar feminino agrega muito no ambiente de trabalho. A mulher está acostumada a desempenhar várias funções ao longo do dia, são muitos desafios ela que enfrenta, por exemplo: concilia a vida de mãe e profissional e isso faz com que ela amadureça e leve essa bagagem para o mundo corporativo, sendo um diferencial”, enfatiza.

Ela comanda uma diretoria do Sicoob Sul-Serrano, que possui mais 400 colaboradores

Mayara ok

Mayara afirma que o cooperativismo tem na essência a promoção da igualdade e inclusão

O Sicoob Sul-Serrano possui atualmente 434 colaboradores, sendo que 58% são de mulheres. E a diretoria operacional das agências que ficam em municípios das montanhas é comandada por uma mulher: Mayara Caus. Ela afirma que o cooperativismo, em sua essência, promove a igualdade e a inclusão, independentemente de gênero.

“No Sicoob, promovemos a igualdade de oportunidades, reconhecendo o talento e o potencial das mulheres em todos os níveis da organização. Isso inclui programas de desenvolvimento e liderança, bem como a criação de um ambiente de trabalho respeitoso”, afirma.

Mayara destacou que o Sicoob ES possui 2.200 colaboradores, sendo que 61% são mulheres. Elas também já somam 42% dos cargos de liderança da cooperativa. “Entendemos que a participação de mulheres nas mais diversas funções tem evoluído positivamente ao longo dos anos e algumas ações funcionam como mola propulsora dessa evolução. O Sicoob ES conta, por exemplo, com um Núcleo Feminino Cooperativista, que apoia iniciativas já previstas pela cooperativa e oferece capacitação para mulheres em algumas áreas, como na gestão da própria renda”, enfatizou.

Ela ainda fez questão de frisar que recentemente o Sicoob ES ficou em 2º lugar no ranking estadual de melhor empresa para trabalhar pela Great Place to Work (GPTW), na categoria grande porte. “Isso é a tradução da nossa cultura e reafirma o nosso cuidado no que diz respeito ao recurso humano. Aqui, valorizamos a diversidade e a inclusão, o que cria um ambiente de trabalho colaborativo e acolhedor. Além disso, o Sicoob ES se esforça para oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional e uma cultura que promove a inovação e a excelência”, disse.

Cresce o número de mulheres no comando de cooperativas

Foto: Edson Chagas

Foto: Edson Chagas

Selene Hammer Tesch é presidente da CAF Serrana, que possui 135 cooperados

Essencial para o sucesso de qualquer organização, a liderança deve ser baseada na participação ativa e na tomada de decisões democráticas. E no cooperativismo, também é necessário estar comprometido com os valores e princípios do sistema. Os desafios dos dirigentes são muitos e envolvem uma gestão eficiente, inovação, liderança, sustentabilidade e relações com a comunidade.

No Brasil, em 2022 ocorreu um aumento da participação feminina na direção das cooperativas em relação a 2021, mesmo que modesto. No ano passado 22% dos dirigentes eram mulheres, sendo os ramos Trabalho, Produção de Bens e Serviços, Consumo, Saúde, Crédito e Infraestrutura os que mais contribuíram para esse dado.

No Espírito Santo, o número de cooperados cresceu 22,3% em 2022, comparado a 2021, passando de 610.969 para 746.730. Na composição do quadro social houve, proporcionalmente, um crescimento maior no número de mulheres cooperadas (24,9%) do que no de homens (20,2%) e de Pessoas Jurídicas (22,7%).

Ainda assim, a população masculina é maior entre os cooperados capixabas, correspondendo a 49,3% do total. Mulheres representam 33,4%, enquanto Pessoas Jurídicas (PJs) são 16,5%.

No comando das cooperativas, apenas oito (6,95%) das 115 registradas no Sistema OCB/ES são comandadas por mulheres, e uma delas é Selene Hammer Tesch, que preside a Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Serrana do Espírito Santo (CAF Serrana).

Dos 135 membros atuais da CAF Serrana, há 22 mulheres cooperadas, além das que participam por meio do cadastro do marido. “Cada mulher é uma liderança especial na sua família e também no trabalho. Elas estão se empoderando cada vez mais, e isso é maravilhoso. Em todo lugar, seja em uma empresa ou nos negócios familiares em que há homens com sucesso, há uma grande mulher ao lado do trabalho, e que na maioria das vezes não é vista”, destacou Selene.

Ela contou que a fundação da cooperativa - em 2007 - surgiu porque “havia muita exploração dos compradores, ou melhor dizendo, dos atravessadores de hortifrutigranjeiros. Eles pagavam um valor mínimo pelos nossos produtos. Hoje o agricultor recebe um preço justo garantido, sem medo de perder sua produção ou de receber cheque sem fundos. Conseguimos mudar a história”, afirmou.

Os membros associados são agricultores familiares da Região Serrana do Estado, mas também há sócios em Santa Catarina. A comercialização via CAF Serrana é para programas governamentais de alimentação escolar e também é enviada a São Paulo, em parceria com outras cooperativas.

 

Núcleos femininos estimulam participação de mulheres e promovem inclusão

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A médica Fabíola de Freitas Moraes (segunda da esquerda par a direita) criou o primeiro Núcleo Feminino entre cooperativas de saúde do país

Assim como na Cafesul, onde o núcleo feminino fez diferença e estimulou a participação de mulheres, em outras cooperativas capixabas os grupos formados por elas também colhem bons resultados. No Estado, oito cooperativas possuem núcleos femininos, de acordo com informações do Sistema OCB/ES. Um exemplo é a Unimed Sul Capixaba, que criou o primeiro núcleo feminino cooperativista do Brasil no setor de Saúde.

Segundo a criadora e coordenadora do Núcleo Feminino Cooperativista da Unimed Sul Capixaba, a médica Fabíola de Freitas Moraes, a criação do grupo, em 2015, confirmou a sensibilidade feminina e a disposição para trabalhos voluntários, em especial em cuidar das pessoas. “Isso despertou o olhar das médicas cooperadas, colaboradoras e esposas de médicos, para sua importância na cooperativa”, ressalta a médica.

De acordo com Fabíola, as principais ações desenvolvidas são: Projeto da Visão, que identifica crianças da rede pública municipal com problemas visuais e faz a doação de óculos; doação de suplemento para pacientes em tratamento na Unimed Oncologia; banco de perucas; doação de cestas básicas aos necessitados e iniciativas sociais em datas comemorativas, como o Natal e o Dia das Crianças. Para a arrecadação de fundos para as ações, o Núcleo realiza brechós solidários e, ainda, em outubro, atua na campanha de prevenção ao câncer de mama com a venda de camisas.

A iniciativa não é apenas um exemplo de liderança feminina dentro da cooperativa, mas também uma inspiração. A partir dele, outras empreitadas na área de voluntariado já surgiram internamente e, com isso, nos últimos três anos, foram mais de 14.500 pessoas beneficiadas com os projetos e mais de 1.100 horas de trabalho voluntário.

OCB/ES cria comitê de mulheres cooperativistas e programa de formação de lideranças

Encontro de mulheres

O Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas reuniu quase 200 mulheres este ano

Composto pela OCB/ES e pelo Sescoop/ES, e integrado à Fecoop/Sulene, o Sistema OCB/ES representa as cooperativas registradas no Espírito Santo, defendendo institucionalmente os seus interesses sociais, políticos e econômicos com o objetivo de apoiar e fortalecer o cooperativismo capixaba.

E quando se fala na participação feminina, a organização promove uma série de capacitações com o intuito de fomentar a participação ativa das mulheres nas cooperativas capixabas e muni-las de conhecimento para assumirem cargos variados, incluindo os de gestão.

Além disso, o Sistema OCB/ES realiza eventos direcionados ao público feminino das cooperativas do Estado, a exemplo do Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas, que neste ano reuniu quase 200 mulheres. Neste evento foram anunciadas duas novidades que irão fortalecer ainda mais a presença das mulheres nas coops: a constituição de um Comitê Estadual de Mulheres Cooperativistas do Espírito Santo e a criação do Programa de Formação de Lideranças Femininas do Sistema OCB/ES.

A instituição ainda estimula e apoia as atividades desenvolvidas pelos núcleos femininos das cooperativas do Estado, grupos fundamentais para ampliar debates e ações que contribuem com o aumento da participação efetiva de mulheres nos quadros sociais e em cargos de liderança.