Como a Covid 19 afeta a educação dos alunos? 

Publicado em 24/09/2021 às 10:23

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Foto: Divulgação

Antes de mais nada, devemos considerar que o fechamento dos centros educacionais e a substituição das aulas presenciais por treinamentos on-line e à distância não tem alternativa. Na situação atual da crise de saúde, não há outra saída possível a não ser fechar escolas e substituir as aulas presenciais por treinamento on-line. Entre os efeitos negativos do fechamento de escolas está o fato de que alguns aprendizados podem não ser recuperados. 

Se o fechamento das escolas durasse mais de duas semanas, elas poderiam ter repercussões negativas para o aprendizado a longo prazo, assim como para o andar preciso de um artigo científico e da ciência no geral.

As plataformas digitais, por outro lado, terão que lidar com o uso intensivo em um curto período de tempo, uma situação com a qual nem todas as plataformas podem lidar. Entre os aspectos que qualificam esta primeira análise está o fato de que o treinamento online fornece acesso à educação em uma situação em que a educação presencial não é possível. Em outras palavras, não há outra alternativa possível.  E também que o uso generalizado do treinamento on-line nestas semanas pode ser uma boa oportunidade para fazer um uso mais permanente a partir de agora, para melhorar aqueles aspectos que significam que ele ainda não tem a mesma qualidade do treinamento presencial e que pouco a pouco estamos aperfeiçoando as plataformas educacionais digitais. Isso sem falar que os e-sports estão à toda e poderiam ser usados de forma mais didática.

Em ocasiões, como a crise sanitária que vivemos atualmente, não há alternativa ao treinamento on-line, um formato que provou, em circunstâncias como a atual, ser muito mais flexível. Artigos também apontam que o fechamento de escolas oferece a oportunidade, entre os estímulos fiscais que se seguirão a esta crise, de promover acampamentos acadêmicos de verão, contratando novos professores para apoiar os estudantes que estão atrasados. Sorte a nossa que a campanha de vacinação vem avançando.

As crianças da classe trabalhadora são as mais afetadas

Durante todo o período de confinamento, tornou-se claro que é a classe trabalhadora que é socialmente necessária para salvar toda a sociedade: aqueles que trabalham nos hospitais desinfetando e curando, aqueles que dirigem os supermercados e todas as outras áreas necessárias da economia. Entretanto, é o setor que tem sido mais duramente atingido pela crise.

Um primeiro exemplo disso é a divisão digital, pois o e-learning só é viável quando o equipamento necessário está disponível, algo que hoje não é garantido. De fato, os estudantes afirmam que há muitas famílias que não possuem computadores para que seus filhos possam acompanhar o ritmo acadêmico. Por esta razão, o e-learning aprofunda a desigualdade de classe no sistema educacional e piora as condições daqueles que têm menos.

A tudo isso devemos acrescentar que, embora os alunos tenham os meios necessários para acompanhar as aulas telematicamente, a distância da escola como espaço de desenvolvimento dos alunos e a maior presença do ambiente familiar torna difícil a conexão dos alunos com a escola. Se antes do fechamento das salas de aula foi analisado que a falta de recursos nos centros dificultava o atendimento aos alunos mais vulneráveis, agora esta reivindicação deve ser muito maior.

Estudos advertem que o problema do abandono escolar está agora piorando. O número de alunos que estavam em risco antes do fechamento das salas de aula está agora mais próximo de serem expulsos, pela força dos acontecimentos, de um sistema educacional incapaz de atender e orientar as necessidades de cada aluno de forma individualizada e de promover suas habilidades.

O ensino virtual está sendo administrado adequadamente?

De modo geral, a grande maioria das aulas não são realizadas por videoconferência. Então, como o ensino está sendo substituído? Em um grande número de escolas, e também em muitos níveis de ensino, isto está sendo feito usando plataformas educacionais. Esta nova maneira de ensinar tem levado a muitos problemas, tais como os mencionados abaixo:

Caos na educação:

 A primeira é a responsabilidade direta da administração educacional, e isto porque não há instruções e coordenação precisas na maioria dos centros, o que significa que o ônus e a responsabilidade recaem sobre os professores. Esta falta de coordenação também levou ao uso de uma ampla gama de ferramentas para o ensino: e-mail, diferentes plataformas, redes sociais, etc.

Sobrecarga acadêmica:

O segundo problema, ligado à falta de coordenação, é a excessiva carga acadêmica sofrida pelos estudantes. Apenas 19% dos pesquisados dizem que seu tempo é adequado em relação à carga acadêmica.

Perda da qualidade acadêmica:

A falta de recursos e treinamento para administrar o ensino telemático, o difícil acesso a materiais de treinamento, o maior peso das dificuldades sociais e familiares dos estudantes, juntamente com outros fatores, significam um maior peso da capacidade de auto-aprendizagem do estudante. Esta situação torna evidente a necessidade de liberar materiais educacionais e conhecimentos para o domínio público.

Aumento do estresse e da ansiedade:

Todas estas situações de saturação se tornam mais graves se as colocarmos no contexto. O estresse e a ansiedade, já um problema para muitos estudantes, são agravados pela própria situação de confinamento.

Privatização da educação:

É essencial ressaltar que a forma como o e-learning é proposto abre as portas para mais uma forma de privatização educacional: a grande maioria das plataformas de ensino on-line são de propriedade de empresas privadas.

A principal conclusão é que o ensino presencial não pode ser substituído em nenhum caso, assim como a escola também não pode ser substituída: não há fórmula em que o ensino virtual possa garantir o grau de qualidade do ensino presencial. A figura do professor é essencial e a importância da escola deve ser justificada como um espaço para o desenvolvimento dos alunos como um todo, uma educação coletiva destinada a satisfazer as necessidades da sociedade como um todo – e não as de alguns poucos empresários – o que, por sua vez, permite o crescimento pleno e individualizado do aluno.

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