Combate ao mosquito borrachudo continua em Marechal Floriano
Publicado em 11/03/2023 às 11:27

A Secretaria de Meio Ambiente de Marechal Floriano, junto ao Conselho Municipal do Meio Ambiente, realizou uma demonstração do larvicida Bacillus thuringiensis, que está sendo usado para combater o mosquito borrachudo no município. A ação faz parte do “Programa de Combate Biológico ao Borrachudo”.

Somente pessoas capacitadas podem fazer o manuseio do larvicida. Grupos capacitados das localidades de Marechal Floriano vão realizar a aplicação adequada e segura do produto nos leitos dos rios. O objetivo do programa é diminuir a incidência de mosquitos por toda a extensão municipal.
A aplicação do inseticida biológico é feita na água e assim torna possível a ação da bactéria Bacillus thuringiensis, o “bti”, que mata a larva do inseto. O inseticida é diluído em água na proporção adequada e espalhado pelo riacho. Em poucos segundos, forma-se uma espuma. O larvicida não faz mal à saúde das pessoas, de peixes e de outros animais.

“Nosso objetivo é trazer benefícios aos moradores com a diminuição dos parasitas e não causar danos ao meio ambiente, por isso optamos pelo inseticida biológico. Além de que a aplicação é realizada apenas por profissionais capacitados, resultando em um manuseio seguro e eficaz”, ressaltou o secretário municipal de Meio Ambiente, Juarez José Xavier.
O que é o borrachudo?

O borrachudo é um parasita presente no Brasil, Venezuela e Colômbia. Não existe transmissão de doenças pelo borrachudo ao homem e a aplicação do larvicida é exclusivamente pelo incômodo da picada, que coça. A fêmea se alimenta do sangue de mamíferos. Portanto, quem pica é a “borrachuda”. Coça porque quando o inseto pica, injeta uma substância que provoca uma reação alérgica na pele.
A fêmea adulta deposita os ovos em folhas e galhos submersos em água corrente dos riachos. Os ovos viram larvas e pupas e, depois de 25 dias, o adulto sai de dentro da água. Quando a fêmea é fertilizada, procura um mamífero para picar, porque o desenvolvimento dos ovos que ela carrega depende da proteína do sangue, que pode ser de um ser humano.
Texto: Trícia de Andrade e Kamila Friedrich/PMMF – Fotos: PMMF