Coluna – O risco de subir para a Série A e voltar para a B em seguida

Publicado em 16/11/2021 às 20:20

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© Vitor Silva/Botafogo/Direitos Reservados


O Botafogo e o Coritiba estão de volta à Série A em 2022. E muita gente boa afirma: “Quem diria!”. Essas duas equipes foram rebaixadas no fim do Brasileirão de 2020 e tiveram momentos de incerteza ao longo da disputa, em especial o Botafogo. Agora, o Alvinegro lidera a Série B com grandes chances de ser o campeão.

Em agosto, aqui nesse espaço, escrevi sobre a pontuação de corte para conseguir o acesso à primeira divisão. Estávamos na primeira rodada do returno, o Coritiba era o líder e o Botafogo ainda não havia entrado sequer uma vez no G4. E mais, nos dois anos anteriores, os quatro primeiros colocados no turno foram os que subiram, e naquele momento o grupo tinha Coritiba, Goiás, Avaí e CRB, e esses dois últimos não aparecem mais lá (o Guarani é o outro intruso, além do alvinegro carioca).

E o que desejo dizer com isso tudo? Que a festa pela subida pode se transformar de novo em decepção no fim do próximo Brasileirão caso as equipes não se organizem. A Chapecoense foi a campeã de 2020 e já caiu para 2022. O Juventude ficou em terceiro lugar, e agora abre o Z4 da Série A. O próprio Coritiba subiu em 2019 e caiu em 2021.

Não faltam exemplos, nem desafios. Após um ano difícil, com investimento reduzido, como um time que ascende consegue disputar, no mesmo nível, com quem já está lá em cima solidificado há mais tempo? Como atender aos anseios da torcida que quer ver seu time de novo brigando pelo título da primeira divisão?

É uma fórmula difícil de entender, porque o Grêmio, por exemplo, não aparenta, externamente, ter problemas que justifiquem campanha tão ruim que o deixa ameaçado de queda. Salários em dia, estádio próprio, bons jogadores. No entanto, os resultados não surgiram. É a tal caixinha de surpresas.

Porém, alguns desafios podem ser previstos e evitados, principalmente se houver uma administração consistente, organizada com objetivos claros e metas alcançáveis. Outro exemplo? O Bragantino, que aí está numa final continental e na luta por vaga na fase de grupos da Libertadores. E mais um, o Athletico-PR, que acaba de votar a favor da transformação do clube numa Sociedade Anônima, um clube empresa, para alçar voos mais altos que as conquistas da Copa Sul-Americana (2018) e da Copa do Brasil (2019). Em 2021 o time é finalista nas duas competições.

O Massa Bruta e o Furacão são dois clubes que merecem ser observados por quem está subindo e quer se estabelecer no alto. Na ponta do Brasileirão, agora, existem outros três modelos, sendo que dois não dependem exclusivamente da vontade do clube. O Atlético-MG tem investidores além dos patrocinadores, enquanto o Palmeiras conta com um patrocinador que excedeu, em alguns momentos, o perfil exclusivamente comercial. Já o Flamengo montou uma base há 8 anos, que demorou pelo menos cinco para dar frutos.

Pode haver outro formato, e o modelo vai depender da criatividade, do perfil de cada clube e do objetivo a ser alcançado em curto, médio e longo prazos. Porém, o que não dá é esperar para começar a reformulação.

* Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil.

Edição: Fábio Lisboa

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