Cientistas encontram DNA de 2 milhões de anos na Groenlândia

Publicado em 07/12/2022 às 16:25

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A descoberta coloca o DNA como o mais antigo já encontrado no mundo

Cientistas descobrem na camada de sedimentos da era glacial na Groenlândia, um DNA de 2 milhões de anos. Este é o mais antigo já extraído no mundo, abrindo um novo capítulo para a paleogenética. 

Um dos principais autores do estudo, Mikkel Winther Pedersen, explica em entrevista a AFP que este DNA  foi capaz de sobreviver por 2 milhões de anos, o dobro do tempo do DNA mais antigo encontrado anteriormente”. Ele foi encontrado na parte norte da Groenlândia, que atualmente “pertencem a um ambiente que não vemos hoje na Terra”.

Segundo Pedersen, a boa preservação se deve ao congelamento e o fato de estarem em locais pouco explorados pelo homem. “Os rios levaram minerais e matéria orgânica para o ambiente marinho, onde esses sedimentos terrestres foram depositados. Então, há cerca de 2 milhões de anos, essa massa terrestre subaquática ressurgiu e passou a fazer parte do norte da Groenlândia”.

A região citada pelo pesquisador é a de Kap Kobenhavn. Atualmente ela é um deserto ártico, ao qual diversos tipos de jazidas e fósseis de plantas e insetos foram encontrados de forma muito bem preservadas. 

Ainda não se sabe a origem do DNA, pois há pouca informação sobre a presença de animais na região. Entretanto, o trabalho que se iniciou em 2006 já vem traçando um contorno de como a região era a 2 milhões de anos. “Tínhamos um ambiente florestal com mastodontes, renas, lebres e um grande número de espécies de plantas. Encontramos 102 táxons (agrupamento de organismos relacionados) de plantas diferentes”, informou Pedersen.

A descoberta mostra que, pelas condições de temperaturas e exposição solar encontrada na Groenlândia, muda a perspectiva que se tinha sobre a plasticidade das espécies. “A forma como as espécies são capazes de se adaptar a diferentes tipos de clima pode ser diferente do que pensávamos antes”, explicou.

Além disso, para Pedersen, a descoberta traz uma quebra de “barreira do que pensávamos que poderíamos alcançar em termos de estudos genéticos”, uma vez que os entendimentos sobre a longevidade do DNA aumentou. “Durante muito tempo acreditávamos que 1 milhão de anos era o limite de sobrevivência do DNA, mas hoje vemos que é o dobro. E, claro, isso nos impulsiona a procurar outros lugares”, finalizou.

Fonte: Portal iG

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