Brasil na presidência do G20: prioridades e desafios para a cooperação internacional

Publicado em 23/11/2023 às 15:52

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Foto: Diego Campos/SECOM

A Secretaria de Comunicação Social (SECOM) da Presidência da República promoveu nesta quarta-feira (22), um briefing para a imprensa nacional e internacional sobre a presidência do Brasil no G20. O país assume, a partir de 1º de dezembro, a liderança do grupo pelo período de um ano.

O G20 reúne chefes de Estado e de Governo das principais economias do mundo, para discussão de temas importantes para o planeta que tenham ligação com a cooperação econômica internacional.

É a primeira vez que o Brasil ocupa a posição neste formato, já que em 2008 o país presidiu o G20 quando o evento tinha nível ministerial. A retomada do protagonismo do Brasil no cenário internacional, entretanto, reforça assuntos prioritários do governo brasileiro a serem tratados na cúpula: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global.

Ao longo do mandato brasileiro, estão previstas mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho e forças-tarefa que compõem o G20, tanto presenciais quanto virtuais, em nível técnico e ministerial, em cidades-sede das cinco regiões do Brasil. O ponto alto será a cúpula que será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

ATUAÇÃO E TEMAS – O G20 funciona de forma diferente dos organismos internacionais tradicionais, sendo organizado em duas faixas paralelas de atuação, que conversam entre si: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças.

A Trilha de Sherpas é comandada por emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maior parte do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

Segundo Lyrio, o Brasil é um país muito bem posicionado para exercer a presidência do G20 porque tem excelente relacionamento com todos os outros países participantes. “Temos capacidade de pautar uma presidência baseada em resultados. Um dos projetos para o período é a criação de uma Aliança Global Contra a Fome. Um mundo que se desenvolveu de tantas maneiras mas ainda tem 1/10 da população sem acesso fundamental e estrutural à alimentação regularmente, para nós isso é prioridade”, destacou.

A Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos estratégicos e é comandada pelos ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países membros. A coordenadora da Trilha de Finanças é a economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

“O Brasil tem um papel especial, é uma oportunidade de o país avançar na visão de globalização solidária, e buscar construir consenso em algumas áreas que temos as soluções, como mudança do clima, por exemplo”, disse Tatiana. A coordenadora afirmou ainda que um dos focos da Trilha de Finanças é a infraestrutura inclusiva e a relação de tributação contra desigualdade. “Precisamos ter um olhar não somente do ponto de vista do investimento, mas dos usuários. Olhar com recortes de renda, gênero, buscando ter um olhar brasileiro”, pontuou.

Além disso, nas duas trilhas existem grupos de trabalho temáticos que se reúnem regularmente, formados por representantes das sociedades civis, parlamentares, grupos de reflexão, mulheres, jovens, trabalhadores, empresas e pesquisadores dos países do G20, bem como de países e organizações internacionais convidados.

NOVIDADES – Entre as novidades apresentadas pela Presidência brasileira, está o G20 Social, espaço de participação e contribuição da sociedade civil nas discussões e formulações de políticas relacionadas à Cúpula.

Nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, a Cúpula Social refletirá o conjunto de propostas debatidas pelos representantes das sociedades.

SOBRE O G20 – O grupo foi fundado em 1999, após a crise financeira asiática dos Tigres Asiáticos, que atingiu especialmente Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul. O fórum, na época, era para ministros das finanças e governadores dos bancos centrais discutirem questões econômicas e financeiras globais.

Entretanto, o G20 foi elevado ao nível de Chefes de Estado após a sequência da crise econômica mundial em 2007 e, em 2009, foi designado como o principal fórum de cooperação econômica internacional.

O grupo é formado por 19 países dos cinco continentes, mais a União Africana (recém-admitida) e a União Europeia, que juntos correspondem a cerca de 85% do PIB mundial e 75% do comércio internacional.

A cúpula acontece anualmente, sob a liderança de uma presidência rotativa. O G20 inicialmente se concentrou em grande parte em questões macroeconômicas amplas, mas desde então expandiu sua agenda para incluir comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e anticorrupção.

Fonte: Gov.br

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