Agricultura familiar recebe 37% dos recursos da alimentação escolar no Espírito Santo
Publicado em 25/01/2025 às 10:15

Em 2024, o Espírito Santo alcançou um resultado inédito ao investir 37% dos recursos destinados à alimentação escolar na compra de produtos da agricultura familiar. A iniciativa beneficiou unidades educacionais em todos os 78 municípios do Estado, reforçando o compromisso com pequenos produtores e a qualidade da alimentação nas escolas.
Esse marco foi resultado de uma articulação entre o Governo do Estado, cooperativas e associações agrícolas. As Secretarias da Educação (Sedu) e da Agricultura (Seag) desempenharam papel fundamental ao promover encontros entre produtores rurais e profissionais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Esses eventos possibilitaram um diálogo direto entre as partes, aproximando técnicos educacionais da realidade das pequenas propriedades rurais e das agroindústrias.
Durante o último ano, o programa contou com o apoio de parceiros como a OCB/ES, Unicafes, Incaper, Sebrae e Senar, consolidando uma rede de suporte à agricultura familiar. Frutas, verduras, leite e peixes foram os principais itens fornecidos, totalizando mais de R$ 17 milhões pagos aos agricultores familiares.
O secretário de Agricultura, Enio Bergoli, destacou que o desempenho reflete a força do campo capixaba e o impacto de políticas públicas bem estruturadas, garantindo economia local fortalecida e alimentação escolar de qualidade. Já o secretário de Educação, Vitor de Angelo, ressaltou que a iniciativa vai além de números, representando um compromisso com saúde e nutrição para os estudantes, além de apoio aos agricultores familiares.
Pela primeira vez, o percentual superou o mínimo exigido por lei (30%), alcançando o maior índice da história do Estado. Em comparação, os percentuais de 2022 e 2023 foram de 25% e 20%, respectivamente.
Carlos André Santos de Oliveira, diretor-executivo do Sistema OCB/ES, destacou os benefícios para todos os envolvidos, desde os agricultores até os estudantes e o próprio Estado, que ultrapassa o cumprimento da legislação ao valorizar a agricultura local. Essa iniciativa reforça o papel do cooperativismo e oferece dignidade e oportunidades para as famílias do campo, ao mesmo tempo que proporciona alimentos de qualidade nas escolas capixabas.
Fonte: Seag