A roda da vida

A roda da vida continua a girar e o que um dia foi motivo de choro e desespero, não passam de quimeras distantes.Gira, gira, gira e passamos a vida desorientados pelo giro.

Um dia estamos chegando e no outro somos apenas despedida, o que foi escrito e prometido o vento leva e o tempo torna tudo esquecimento.

A insanidade da turba em uma fração de segundo é extinta e tudo é silêncio… Silêncio que constrange por trazer a verdade de quem somos, sem medos, sem dissimulações.E como disse Gil Vicente, em 1517, na obra o Auto da Barca do inferno: “prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde estão ancorados dois batéis: um, que se dirige para o paraíso e o outro que transportará as almas para o purgatório ou para o Inferno”.

E muito se discute sobre a verdade disso tudo, para alguns apenas uma mitologia e para outros, algo sagrado, no fim das contas, irrelevante a crença, o que realmente importa são suas ações em não transformar a vida dos outros em um flagelo.

Hodiernamente estamos tão cheios de razões, argumentos para quaisquer ações nefastas, e as relações humanas estão pautadas apenas em palavras vazias e concatenações de ideias que servem para tergiversar responsabilidades.

E tudo isso para seguirmos como Ícaro voando em asas de cera.

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