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A falta de treinamento de colaboradores do transporte público: Um obstáculo para a inclusão da pessoa com deficiência

Publicado em 01/03/2024 às 13:41

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É fundamental que os colaboradores do transporte público entendam as diferentes deficiências e saibam como melhor atender às necessidades dos usuários

A sociedade precisa amadurecer. A mudança, o respeito à pessoa com deficiência deve ter início em cada indivíduo. Foto: Internet.

O transporte público é um serviço essencial para a mobilidade urbana e o acesso a diversas atividades na cidade. No entanto, quando se trata da inclusão de pessoas com deficiência, é comum encontrar uma grande lacuna na preparação e no treinamento dos colaboradores que atuam nesse setor. Essa falta de preparo cria obstáculos significativos para a plena participação e autonomia das pessoas com deficiência.

Uma das questões mais problemáticas é a falta de conhecimento sobre as necessidades específicas das PCDs. É fundamental que os colaboradores do transporte público entendam as diferentes deficiências e saibam como melhor atender às necessidades dos usuários. Por exemplo, pessoas com deficiência visual podem precisar de informações claras e precisas sobre as rotas e os horários dos ônibus, além de assistência para entrar e sair dos veículos. Já as pessoas com deficiência física podem necessitar de ajuda para acessar o ônibus, como a disponibilidade de rampas e elevadores adequados.

Outro aspecto importante é a falta de sensibilização e empatia por parte dos colaboradores. Muitas vezes, a pessoa com deficiência enfrenta situações constrangedoras e discriminatórias, como a recusa de auxílio ou o tratamento inadequado por parte dos motoristas, ou cobradores. Isso gera desconforto e insegurança, além de reforçar estigmas e preconceitos.

Além disso, a falta de treinamento também afeta a capacidade dos colaboradores em lidar com emergências envolvendo pessoas com deficiência. É fundamental que eles saibam como agir de forma adequada e eficiente nessas circunstâncias, garantindo a segurança e o bem-estar dos usuários.

A falta de treinamento adequado dos colaboradores do transporte público não afeta apenas as pessoas com deficiência, mas também idosos e pessoas com mobilidade reduzida. A ausência de sensibilização e conhecimento sobre as necessidades específicas desses grupos cria uma barreira que impede a plena participação de todos na vida urbana.

Diante dessa realidade, é fundamental que as autoridades, responsáveis pelo transporte público, invistam em programas de treinamento e capacitação para os colaboradores. Esse treinamento deve abordar temas como a inclusão, os direitos das pessoas com deficiência e as melhores práticas para atender às suas necessidades específicas. Além disso, é importante promover a sensibilização e a empatia, para que os colaboradores compreendam a importância da inclusão e sejam capazes de agir de forma adequada e respeitosa.

Além do treinamento, é essencial que as empresas de transporte público também invistam em melhorias na infraestrutura, para garantir a acessibilidade em todos os aspectos do serviço. Isso inclui a disponibilidade de rampas, elevadores e assentos reservados, além de sinalização clara e adequada para orientar os usuários.

A falta de treinamento dos colaboradores do transporte público para lidar com as necessidades específicas das pessoas com deficiência é um problema que precisa ser enfrentado. Todos os cidadãos têm o direito de utilizar o transporte público de forma igualitária e digna, independentemente de suas habilidades físicas ou mentais. Portanto, é responsabilidade das autoridades e das empresas do setor investir na capacitação dos colaboradores, visando garantir a inclusão plena e a igualdade de oportunidades para todos. Somente assim poderemos construir cidades verdadeiramente acessíveis e inclusivas. Essa consciência deve estar presente no coração, na alma e na mente de capixabas e brasileiros!

Marcel Andrade Carone – Jornalista, apresentador de TV, empresário, ativista social comprometido com a inclusão, embaixador da Vitória Down, idealizador da “Brigada 21” e do “Pelotão 21”. É diplomado pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e comendador do 38° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.

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