Rússia e China condenam ataque ao Irã; França e EUA apoiam Israel

Publicado em 13/06/2025 às 13:42

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Foto: Freepik

Enquanto Rússia, China e a Liga Árabe repudiaram os ataques realizados por Israel contra instalações nucleares e militares no Irã nesta sexta-feira (13), potências ocidentais como França e Estados Unidos manifestaram apoio à ação de Tel Aviv.

Reino Unido, Índia e União Europeia (UE), por sua vez, adotaram uma postura mais cautelosa. Embora não tenham expressado apoio nem condenação, apelaram por moderação e contenção entre as partes envolvidas.

O Brasil se posicionou contra a ofensiva israelense, classificando-a como uma grave violação do direito internacional e da soberania iraniana.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o país está “profundamente preocupado” com as consequências da operação militar.
“A China se opõe a atos que violem a soberania, a segurança e a integridade territorial do Irã, bem como a qualquer medida que agrave tensões e amplie conflitos. O aumento repentino da tensão na região não beneficia ninguém”, afirmou Lin Jian.

A Liga Árabe, que reúne 22 países de maioria árabe, também condenou o ataque, classificando-o como uma “flagrante violação do direito internacional” com potencial para desencadear um conflito ainda mais amplo no Oriente Médio.

Rússia

O governo russo condenou de forma veemente a ofensiva israelense, considerada “cínica” por ocorrer em meio às negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano.
“Essas ações minaram significativamente os esforços diplomáticos multilaterais, cuidadosamente construídos, que visam reduzir tensões e encontrar soluções pacíficas para as suspeitas em torno do programa nuclear do Irã”, declarou o Kremlin.

Moscou também criticou o papel dos países ocidentais, acusando-os de incitar uma “onda de histeria anti-Irã” no Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e alertou para as graves consequências dessa postura.

Europa

A França reforçou suas críticas ao programa nuclear iraniano e reiterou o direito de Israel de se defender e proteger sua segurança. Ainda assim, o presidente Emmanuel Macron apelou pela contenção e pela redução das tensões, com o objetivo de preservar a estabilidade regional.

“O governo francês tem expressado reiteradas preocupações com a aceleração do programa nuclear do Irã, que representa uma séria ameaça à segurança internacional e uma violação de seus compromissos”, declarou o Ministério das Relações Exteriores em nota oficial.

O Reino Unido, por sua vez, orientou seus cidadãos a evitarem viagens a Israel e defendeu a busca pela estabilidade. O primeiro-ministro Keir Starmer reforçou o apelo por calma e diplomacia:
“A estabilidade no Oriente Médio deve ser prioridade. Estamos dialogando com parceiros para reduzir tensões. É hora de contenção, tranquilidade e retorno à diplomacia”, escreveu em uma rede social.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também demonstrou preocupação com a escalada no Oriente Médio.
“A situação é profundamente alarmante. A Europa pede a todas as partes que exerçam máxima contenção, reduzam imediatamente as tensões e evitem retaliações. A solução diplomática é agora mais urgente do que nunca”, afirmou.

Estados Unidos

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou energicamente a ação de Israel e criticou o Irã por não aceitar o acordo nuclear proposto.
“Achei excelente. Demos uma chance e eles não aproveitaram. Foram atingidos com força, muita força. E ainda vem mais por aí”, afirmou Trump, um dos principais aliados de Tel Aviv.

Entenda o conflito

Israel justificou o ataque ao alegar que o Irã está desenvolvendo armas nucleares com o objetivo de usá-las contra seu território. O governo iraniano nega as acusações e sustenta que seu programa atômico tem fins exclusivamente pacíficos, como a geração de energia.

Teerã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), mas a AIEA apontou possíveis falhas no cumprimento dos compromissos assumidos. A autoridade nuclear iraniana nega irregularidades e acusa a Agência de conduzir uma campanha politicamente motivada, influenciada por Reino Unido, França, Alemanha e EUA, sob pressão de Israel — país que, por sua vez, não assinou o TNP.

Fonte: Lucas Pordeus León – repórter da Agência Brasil

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