SUS amplia tratamento para casos graves de Alzheimer

Publicado em 18/05/2025 às 12:36

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ampliacao do alzheimer

Foto: Internet

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar o tratamento para pessoas com Doença de Alzheimer.  Nesta quinta-feira (15), o Ministério da Saúde publicou a portaria SECTICS/MS nº 20/2025 que estende o uso da donepezila para pacientes com a forma grave da doença. Até então, o medicamento – que ajuda a preservar as funções cognitivas e a capacidade funcional – era disponibilizado apenas para pessoas com formas leves ou moderadas da doença.

Para o tratamento, o paciente com a forma grave da doença poderá usar a donepezila em conjunto ou não com a memantina, medicamento já disponibilizado pelo SUS. Em 2023, mais de 58 mil pessoas utilizaram a donepezila de forma combinada, segundo dados da pasta extraídos da Sala Aberta de Situação de Inteligência em Saúde (Sabeis). O cuidado contínuo por meio desses medicamentos auxilia na redução de sintomas da doença, como confusão mental, apatia e alterações de comportamento nos pacientes.

A demanda para ampliação da donepezila é do próprio Ministério da Saúde, que, durante o processo de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença de Alzheimer, identificou a necessidade de uma assistência cada vez mais presente nos serviços de saúde do país. A estimativa da pasta é que, no primeiro ano da oferta, cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas.

“A ampliação do uso da donepezila no SUS é fruto de uma decisão baseada em evidências científicas e no compromisso com a inovação em saúde. Ao incorporar essa tecnologia para casos mais graves da doença de Alzheimer, fortalecemos a linha de cuidado contínuo e reafirmamos a importância de políticas públicas que respondam aos desafios do envelhecimento da população com dignidade, qualidade e equidade”, destacou a secretária da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), Fernanda De Negri.

Uso da donepezila contribui para melhorar sintomas

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva, que atinge a memória, o comportamento e a autonomia das pessoas. Embora não tenha cura, o tratamento pode contribuir para redução do ritmo da perda de capacidades e proporcionar uma melhor qualidade de vida a quem convive com a doença. Nos estágios graves, o cuidado precisa ser ainda mais presente e o acesso a medicamentos eficazes se torna um aliado fundamental.

Os estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão colegiado responsável por assessorar o Ministério da Saúde nas decisões de incorporação e/ou exclusão de uma tecnologia no SUS, apontam que a continuidade do uso da donepezila pode melhorar sintomas como agitação, apatia e confusão, além de adiar a necessidade de institucionalização.

Cuidado ofertado no SUS para pacientes com doença de Alzheimer

O Sistema Único de Saúde oferta atendimento integral às pessoas com Alzheimer e demais doenças neurológicas. O acompanhamento é realizado por equipes multiprofissionais em Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia e Centros de Referências em Neurologia habilitados pelo Ministério. Por meio do Programa Melhor em Casa, o paciente é assistido em domicílio, evitando internações prolongadas e promovendo o maior conforto no ambiente familiar.

Entre janeiro e março de 2025, foram realizados em todo o Brasil mais de 7 milhões de atendimentos ambulatoriais relacionados à doença de Alzheimer no SUS, conforme dados do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), do Ministério da Saúde. Com relação às assistências hospitalares, foram 576 atendimentos no mesmo período, de acordo com o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), da pasta.

Além da ampliação de uso do medicamento donepezila, o SUS oferece outros medicamentos para o tratamento da doença, como a memantina, para quadros graves, e a rivastigmina e galantamina, para quadros leves e moderados, conforme diretrizes definidas no PCDT da Doença de Alzheimer. O documento também preconiza um cuidado multidisciplinar, de acordo com as diversas particularidades e sintomas da doença, que envolve terapias não medicamentosas e atenção psicossocial ao paciente e familiares.  

Fonte: Ministério da Saúde

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