Febre maculosa: saiba como evitar e tratar a doença transmitida por carrapato

Publicado em 05/10/2022 às 14:00

Compartilhe

Febre-maculosa

Foto: Freepik

O Ministério da Saúde alerta para o aumento de casos e óbitos por febre maculosa, principalmente na região Sudeste. Quando o clima está seco, há maior incidência de carrapatos. Por isso, o cuidado deve ser redobrado para aqueles que entram em contato com áreas de mata e até jardins com a probabilidade de existência do artrópode. O cuidado com os animais domésticos também precisa ser intensificado, já que podem ser hospedeiros dos carrapatos.

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. O tratamento deve ser iniciado com antibióticos após o surgimento dos primeiros sintomas para evitar complicações graves, como inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou insuficiência renal, que podem colocar em perigo a vida do paciente.

No Brasil, duas espécies dessa bactéria estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa: a Rickettsia rickettsii, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da Região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará).

Números

Em 2022, até 22 de setembro, foram confirmados 67 casos de febre maculosa no Brasil, dos quais 26% (18) vieram a óbito. As mortes ocorreram nos estados de SP (11), MG (1), RJ (1) e MA (1). Quatro óbitos não tiveram seus estados informados quanto ao local de infecção. Em 2021, foram registrados no País cerca de 233 casos confirmados, com 70 óbitos.

Para melhorar a oportunidade de suspeição da doença e possibilidade de tratamento, capacitações voltadas à rede de vigilância de ambientes da febre maculosa, webinários e materiais para sensibilização dos profissionais da saúde sobre a febre maculosa podem ser consultados na página Saúde de A a Z.

 Em junho, o Ministério da Saúde lançou a publicação “Febre maculosa – Aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais”. Esse manual busca fornecer orientações para os estados e municípios executarem as ações de vigilância, prevenção e controle da febre maculosa no Brasil.

Sintomas

Os principais sintomas da febre maculosa são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas.

A doença também pode provocar paralisia dos membros, com início nas pernas, chegando até os pulmões, causando parada respiratória. Além disso, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Diagnóstico

O diagnóstico oportuno da febre maculosa é difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo ou pneumonia.

No entanto, é importante que a pessoa com sintomas da doença procure um médico para que possa fazer a avaliação dos sintomas. Durante a consulta, o médico buscará saber se a pessoa mora em região de mata ou florestas, onde possa ter sido picada por um carrapato. O profissional de saúde também solicitará exames para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

Como prevenir

A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato. O Ministério da Saúde recomenda a adoção de algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde há exposição a carrapatos:

  • Use roupas claras para ajudar a identificar o carrapato;
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;
  • Use repelentes que possuem proteção contra carrapatos;
  • Realize o controle com antiparasitário nos animais domésticos;
  • Retire os carrapatos (caso sejam encontrados no corpo), preferencialmente com auxílio de uma pinça (de sobrancelhas ou pinça cirúrgica auxiliar);
  • Não esmague o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar bactérias e contaminar partes do corpo com lesões;
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.

Fonte: Ministério da Saúde

Veja também

espadim

Polícia Militar realiza solenidade de entrega do Espadim

ods governo

Indicadores dos ODS em todas as UFs estão disponíveis no novo Painel Interativo do IJSN

feira em vix

Feira celebra agricultura familiar com cultura, música e tradição em Vitória

sus digital

Ministério da Saúde institui Rede Nacional de Dados em Saúde como plataforma oficial de integração de dados do SUS

Nova especie de sapo

Nova espécie de rã é descoberta no Parque Estadual do Forno Grande, no Espírito Santo

Beautiful brown horse, close-up of muzzle, cute look, mane, background of running field, corral, trees. Horses are wonderful animals

Ração contaminada mata 284 equinos e empresa é interditada

covid-vaccine-fight-illness

Saúde inicia envio de SMS para pessoas com 60 anos ou mais que ainda não se vacinaram contra a gripe no Estado

pre enem

Sedu reabre inscrições para Programa Pré-Enem 2025, nesta segunda-feira (28)