76% dos bares e restaurantes tiveram afastamento por Covid ou gripe

Publicado em 02/02/2022 às 12:50

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76% dos bares e restaurantes tiveram afastamento por Covid ou gripe em janeiro
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76% dos bares e restaurantes tiveram afastamento por Covid ou gripe em janeiro

A alta de casos de Covid-19 e influenza trouxe dor de cabeça para o setor de bares e restaurantes no último mês. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 76% dos estabelecimentos analisados tiveram pelo menos um funcionário afastado por uma dessas doenças nos 30 dias anteriores à pesquisa, realizada entre 15 e 27 de janeiro. E, em média, quase um em cada quatro funcionários foi afastado por Covid nesse mesmo período.

“Justamente em um período de alta procura de bares e restaurantes, fomos pegos por estes afastamentos, que trouxeram muito transtorno. É uma força de trabalho que tem de ser coberta e isso pressiona mais os custos de um setor já muito endividado”, afirma o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

Apesar disso, os empresários do ramo têm o que comemorar: em janeiro, pela primeira vez desde o início da pandemia, o número de estabelecimentos que afirmaram ter tido lucro foi maior (34%) do que os que disseram ter tido prejuízo (31%). O restante apontou equilíbrio. Para efeito de comparação, em março de 2021, 82% dos bares e restaurantes afirmaram que estavam operando com prejuízo. No acumulado do ano passado, 45% tiveram resultado negativo.

As dificuldades do último ano são traduzidas pelo alto endividamento. Os empréstimos via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foram tomados por 51% das empresas. Desse total, 20% já têm ao menos uma parcela em atraso – sobretudo, pelo aumento da taxa Selic, que fez com que os outros juros também aumentassem. Por isso, 22% das empresas com empréstimos do Pronampe dizem correr risco de quebrar.

“Nesta quarta-feira (2),  teremos novo anúncio do Copom, e a taxa Selic pode passar de dois dígitos. É urgente um olhar para o Pronampe, programa muito importante, mas que teve seu custo bastante aumentado com os frequentes reajustes nos juros. Isso arrebenta estratégia financeira das micro e pequenas empresas, que são a grande maioria do nosso setor”, explica Solmucci.

Outro ponto de atenção para os bares e restaurantes é em relação ao Simples Nacional. Isso porque 48% das empresas que estão no Simples (e que, por sua vez, representam 90% dos entrevistados) declararam ter parcelas em atraso. Vale lembrar, então, que, destas, 32% já têm parcelas inscritas em dívida ativa da União e podem parcelar os débitos com os programas instituídos em janeiro.

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